Lindinalva Maria da silva
Recife, 27/06/2014.
Reflexão: O Modelo dos Modelos e o AEE.
Refletindo sobre o Atendimento Educacional
Especializado (AEE) e o texto “O modelo
dos modelos” de Italo Calvino nos fez perceber o quanto é importante conhecer um indivíduo
como um todo, entender sua especificidade, singularidade e necessidade é
primordial para apontar um caminho mais seguro, completo e desejado.
Apontar o erro do
outro antes de conhecê-lo não favorecerá no seu crescimento, não vai sanar uma deficiência ou dificuldade.
Por isso é muito importante compreender e entender o outro dentro de uma visão
ampla para favorecer no desenvolvimento
social, pedagógico e cognitivo do individuo.
Desta forma, conceber o que essa pessoa pode fazer ou já sabe fazer faz toda diferença na vida dela.
Uma das inovações trazidas pela Política Nacional
de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) é o
Atendimento Educacional Especializado - AEE, um serviço da Educação Especial
que "[...] identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de
acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos,
considerando suas necessidades específicas" (SEESP/MEC, 2008).
Alunos com deficiência: aqueles [...] que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas (ONU, 2006).
Alunos com deficiência: aqueles [...] que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas (ONU, 2006).
Desta forma,
o professor do AEE cabe
complementar/suplementar a formação do aluno com conhecimentos e recursos
específicos que eliminam as barreiras as quais impedem ou limitam sua
participação com autonomia e independência nas turmas comuns do ensino regular.
A organização do Atendimento Educacional Especializado
considera as peculiaridades de cada aluno. Alunos com a mesma deficiência podem
necessitar de atendimentos diferenciados.
Por isso, o primeiro passo para se planejar o Atendimento não é saber as causas, diagnósticos, prognóstico da suposta deficiência do aluno. Antes da deficiência, vem a pessoa, o aluno, com sua história de vida, sua individualidade, seus desejos e diferenças.
Há alunos que frequentarão o AEE mais vezes na semana e outros, menos. Não existe um roteiro, um guia, uma fórmula de atendimento previamente indicada e, assim sendo, cada aluno terá um tipo de recurso a ser utilizada, uma duração de atendimento, um plano de ação que garanta sua participação e aprendizagem nas atividades escolares.
Na organização do AEE, é possível atender aos alunos em pequenos grupos, se suas necessidades forem comuns a todos. É possível, por exemplo, atender a um grupo de alunos com surdez para ensinar-lhes LIBRAS ou para o ensino da Língua Portuguesa escrita.
Os planos de AEE resultam das escolhas do professor quanto aos recursos, equipamentos, apoios mais adequados para que possam eliminar as barreiras que impedem o aluno de ter acesso ao que lhe é ensinado na sua turma da escola comum, garantindo-lhe a participação no processo escolar e na vida social em geral, segundo suas capacidades. Esse atendimento tem funções próprias do ensino especial, as quais não se destinam a substituir o ensino comum e nem mesmo a fazer adaptações aos currículos, às avaliações de desempenho e a outros.
Por isso, o primeiro passo para se planejar o Atendimento não é saber as causas, diagnósticos, prognóstico da suposta deficiência do aluno. Antes da deficiência, vem a pessoa, o aluno, com sua história de vida, sua individualidade, seus desejos e diferenças.
Há alunos que frequentarão o AEE mais vezes na semana e outros, menos. Não existe um roteiro, um guia, uma fórmula de atendimento previamente indicada e, assim sendo, cada aluno terá um tipo de recurso a ser utilizada, uma duração de atendimento, um plano de ação que garanta sua participação e aprendizagem nas atividades escolares.
Na organização do AEE, é possível atender aos alunos em pequenos grupos, se suas necessidades forem comuns a todos. É possível, por exemplo, atender a um grupo de alunos com surdez para ensinar-lhes LIBRAS ou para o ensino da Língua Portuguesa escrita.
Os planos de AEE resultam das escolhas do professor quanto aos recursos, equipamentos, apoios mais adequados para que possam eliminar as barreiras que impedem o aluno de ter acesso ao que lhe é ensinado na sua turma da escola comum, garantindo-lhe a participação no processo escolar e na vida social em geral, segundo suas capacidades. Esse atendimento tem funções próprias do ensino especial, as quais não se destinam a substituir o ensino comum e nem mesmo a fazer adaptações aos currículos, às avaliações de desempenho e a outros.
O professor de AEE acompanha a trajetória acadêmica
de seus alunos, no ensino regular, para atuar com autonomia na escola e em
outros espaços de sua vida social. Para tanto,
é imprescindível uma articulação entre o professor de AEE e os do ensino
comum.
Essa articulação visa exatamente entender o aluno como um todo para dissolver as ações com mais clareza e fundamentos.
Essa articulação visa exatamente entender o aluno como um todo para dissolver as ações com mais clareza e fundamentos.
Desta forma, a
elaboração e desenvolvimento dos planos de atendimento para cada aluno,
o professor de AEE se apropria de novos conteúdos e recursos que ampliam seu conhecimento
para a atuação na Sala de Recursos Multifuncional. São conteúdos do AEE: Língua
Brasileira de Sinais - LIBRAS e LIBRAS tátil; Alfabeto digital; Tadoma; Língua
Portuguesa na modalidade escrita; Sistema Braille; Orientação e mobilidade;
Informática acessível; Sorobã (ábaco); Estimulação visual; Comunicação
alternativa e aumentativa - CAA; Desenvolvimento de processos educativos que
favoreçam a atividade cognitiva. São recursos do AEE: Materiais didáticos e
pedagógicos acessíveis (livros, desenhos, mapas, gráficos e jogos táteis, em
LIBRAS, em Braille, em caractere ampliado, com contraste visual, imagéticos,
digitais, entre outros); Tecnologias de informação e de comunicação (TICS)
acessíveis (mouses e acionadores, teclados com colméias, sintetizadores de voz,
linha Braille, entre outros); e Recursos ópticos; pranchas de CAA,
engrossadores de lápis, ponteira de cabeça, plano inclinado, tesouras
acessíveis, quadro magnético com letras imantadas, entre outros.
O desenvolvimento dos processos de ensino e de aprendizagem é favorecido pela participação da família dos alunos. Para elaborar e realizar os Planos de AEE, o professor necessita dessa parceria em todos os momentos. Reuniões, visitas e entrevistas fazem parte das etapas pelas quais os professores de AEE estabelecem contatos com as famílias de seus alunos, colhendo informações, repassando outras e estabelecendo laços de cooperação e de compromissos.
O desenvolvimento dos processos de ensino e de aprendizagem é favorecido pela participação da família dos alunos. Para elaborar e realizar os Planos de AEE, o professor necessita dessa parceria em todos os momentos. Reuniões, visitas e entrevistas fazem parte das etapas pelas quais os professores de AEE estabelecem contatos com as famílias de seus alunos, colhendo informações, repassando outras e estabelecendo laços de cooperação e de compromissos.
Devemos lembrar sempre que não existe um modelo
pronto, uma receita, mas uma busca constante do descobrir, aprender, conhecer e
compartilhar com o outro na certeza que conhecer o todo faz toda a diferença em toda
dimensão da vida.
Referências:
Ropoli,
Edilene Aparecida. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar : a
escola comum inclusiva.
___________________[et.al.].
- Brasília :Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial ;
[Fortaleza] : Universidade Federal do Ceará, 2010. v. 1. (Coleção A Educação
Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar).
Texto:
O modelo dos modelos de Italo Calvino.
Olá Lindinalva!
ResponderExcluirPor mais que queiramos, jamais vamos poder conhecer o ser humano em seu todo. Nós não nos revelamos por completo.
Abraços fraternais,
Waldenice